Este boletim tem como objetivo fundamental divulgar o trabalho realizado no âmbito do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular.
7 PARTILHAS porque somos 7 escolas. 7 PARTILHAS porque queremos ser concisos. 7 PARTILHAS porque o 7 significa renovação.
7 PARTILHAS porque sai ao dia 7 de cada mês.


Nº 1     7 de março de 2018
1. PARTILHAS COM O EXTERIOR

A convite da Federação Concelhia de Setúbal das Associações de Pais e Encarregados de Educação, designada por COSAP, o nosso agrupamento participou, no passado dia 6 de janeiro, no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama, no encontro "O Desafio da Autonomia e Flexibilidade Curricular nas Escolas do concelho de Setúbal". O programa pode ser consultado aqui.

 
No passado dia 16 de janeiro, o nosso agrupamento fez parte de um pequeno grupo que recebeu a visita de peritos da OCDE com responsabilidades na monitorização do Projeto de Autonomia e Flexibilidade Curricular em Portugal. No sentido de tomar conhecimento do trabalho realizado nas nossas escolas, estes especialistas reuniram com representantes dos alunos, encarregados de educação, docentes, parceiros locais, estruturas pedagógicas e órgãos de gestão.

O nosso agrupamento participou também no Encontro Nacional sobre Autonomia e Flexibilidade Curricular, realizado no passado dia 9 de fevereiro, no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária, Lisboa.
Considerando que apenas foram convidadas 3 escolas entre as 223 que aderiram ao projeto, a nossa participação, no painel “práticas comentadas”, constitui mais um reconhecimento externo do investimento que a nossa comunidade está a realizar no sentido de melhorar a qualidade das aprendizagens dos nossos alunos.
Nesta página da Direção-Geral da Educação, podemos aceder a outras comunicações e intervenções muito pertinentes, nomeadamente as que foram realizadas no âmbito da apresentação do Relatório de Monitorização da OCDE e do painel “Outros olhares”.
2. TRABALHO DE PROJETO
 
"As nossas energias" -  5º E
 
 

Num espaço de Domínio de Autonomia Curricular (DAC), envolvendo HGP e DAS, os alunos pesquisaram e organizaram informação sobre as primeiras fontes de energia.

Para desenvolver estas atividades, planificou-se, em Conselho de Turma, o trabalho a ser desenvolvido. Envolveram-se seis disciplinas: História e Geografia de Portugal, DAS, Português, Educação Visual, Matemática e Educação Tecnológica
- Depois – Que tipo de energia teremos no futuro?
- Agora – Energias renováveis, quais são?
- Dantes - Quais foram as primeiras fontes / tipos de energia?
Para articular com o tema do Plano de Atividades do Agrupamento, “Dantes, Agora… e Depois?”, os alunos decidiram investigar sobre o tema:

 
Nas aulas de Português, os alunos leram e analisaram textos, contos sobre os diferentes tipos de energia e falaram sobre as energias emocionais (energias positivas e energias negativas). Nas aulas de Educação Visual, os alunos construíram uma narrativa visual, criando emojis alusivos às energias (energias renováveis e energias emocionais).
 

 
Nas aulas de Matemática, Educação Visual e Educação Tecnológica, os alunos estudaram paralelismo e perpendicularidade e planificação de sólidos geométricos.
Nas aulas de Educação Visual e Educação Tecnológica, construíram um caleidociclo.


 
Os "Dias de 5@bER Sem Fronteiras" (13, 14 e 15 de dezembro; 29 de janeiro) foram fundamentais para a conclusão das atividades previstas: desenho dos emojis, escrita criativa, pintura, desenho do padrão e montagem.
3. CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO (CD)
 
ASSEMBLEIAS DE TURMA  – Turma 1º VN - Escola Básica de Vila Nogueira de Azeitão


Nestas assembleias, lê-se o Diário de Turma (jornal de parede) e debatem-se as ocorrências positivas e negativas, sem lugar para julgamentos. Recolhem-se opiniões, tomam-se decisões em conjunto e elaboram-se orientações para o futuro. No final, elabora-se a ata que retrata formalmente este momento importante de envolvimento dos alunos na vida da escola.


 
DIREITOS HUMANOS - Turma 1º B - Escola Básica da Brejoeira


No sentido de abordar a importância dos sentimentos, os alunos debateram a importância de valores fundamentais como o respeito, a amizade e o amor. Cada um dos alunos escreveu uma pequena mensagem e enfeitou metade de um coração. Em seguida, os alunos foram descobrir a outra  metade de coração que correspondia à sua. No final, foi evidente a surpresa e a alegria dos alunos com a partilha realizada.
 
IGUALDADE DE GÉNERO - 7º ano de escolaridade


 
Algumas turmas do sétimo ano de escolaridade trabalharam sobre as grandes desigualdades que ainda persistem entre  géneros, discutindo alguns textos fundamentais e apresentando algumas ideias em poster. Os trabalhos serão expostos na Festa do Agrupamento.
4. DESENVOLVIMENTO, AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE (DAS)
 
“Os recursos hídricos no passado, presente e no futuro" - 7º G


Imagem de uma apresentação realizada pelos alunos

Após a definição, pelos alunos, do tema “Os recursos hídricos no passado, presente e no futuro ”, a turma organizou-se em grupos de trabalho e foram determinadas as seguintes etapas:

1ª Etapa  - Definição dos subtemas pelos alunos
  • A vida nos rios, estará em Risco?
  • O que está a ser feito no presente para melhorar o futuro?
  • A Terra é apelidada de Planeta Azul, porquê?
  • Cada vez mais estamos a consumir espécies de águas profundas, porquê ?
  • Será que no dia a dia estamos a utilizar a água de forma correta?
 
2ª Etapa – Tarefas a desenvolver:
  • Primeiro momento – Pesquisar, recolher e selecionar informação em diversas fontes documentais (livros, sites na Internet, revistas …) para terem a certeza que a informação é verdadeira e importante para o trabalho.
  • Segundo momento – Elaboração do trabalho, pode ter um PowerPoint como suporte, fazer um vídeo, ou dramatizar, criar personagens...
  • Terceiro momento - Apresentação oral dos trabalhos, seguida de auto e heteroavaliação
  3ª Etapa - Finalidade do Projeto - Elaboração do Produto Final (maquete, panfleto, vídeo…).

Nesta turma, a disciplina DAS tem promovido a interdisciplinaridade, envolvendo as disciplinas de Educação Visual, Ciências Naturais, Físico-Química, Francês, Inglês e Português.
5. AVALIAÇÃO FORMATIVA
 
AVALIAR: COMO? … UMA EXPERIÊNCIA
 
 
 
 
“Conseguiste identificar retas paralelas, perpendiculares, polígonos e ângulos suplementares.”
“Demonstras ter percebido a desigualdade triangular, mas tens de melhorar na aplicação a problemas. Deves pensar melhor nas questões como a nº 3. Por exemplo, podes fazer um desenho e colocar valores concretos, para te ajudar a pensar.”
 
Estas frases são algumas das apreciações registadas nas questões de aula respondidas pelos alunos da turma E do 5º ano, na disciplina de matemática. Estes alunos, desde o início do ano letivo, que se têm vindo a habituar a não terem uma classificação de Insuficiente a Muito bom nos seus instrumentos de avaliação e a terem sistematicamente avaliações sem serem previamente calendarizadas.

“Professora, quando marca o teste? “ “ Professora, ainda não marcou o teste!”
“Professora se tivesse nota, que nota eu teria?” “As minhas respostas correspondem a que nota?“
“Professora, a minha mãe também é professora e na escola dela quatro questões de aula dão origem a uma nota. Eu e a minha mãe achamos que também devia ser assim aqui.”
“Professora, por que é que não avisa quando vamos fazer as questões de aula? Assim podíamos estudar!”

 Estas foram algumas das questões que os alunos me foram colocando. Não foi fácil explicar-lhes que não os iria avaliar pelos habituais “testes”, mas por questões de aula quinzenais, e que não os iria classificar com uma nota, mas registar a apreciação do que eles já eram capazes de fazer, que competências já tinham desenvolvido e que trabalho precisavam de fazer para desenvolver as competências não adquiridas. Também lhes expliquei que não pretendia que eles se preparassem para a avaliação, mas sim que respondessem de uma forma real com os conhecimentos verdadeiramente aprendidos. Dar-lhe-ia feedback da sua aprendizagem e eles seriam responsáveis por desenvolvê-la, por seguir as pistas, por procurar conhecimento. Quando se sentissem preparados podiam pedir uma nova avaliação.

Tive muitos alunos a pedirem-me avaliações?
Tive uma aluna que procurou mais conhecimento e que me pediu uma nova avaliação para provar a ela mesmo que tinha valido a pena. E vale a pena fazer este caminho com os alunos.

Senti-me segura quando chegou o final do período e tive de “dar” uma classificação de 1 a 5?
Não! Chegando a altura para atribuir uma classificação de 1 a 5 no final do período, senti dificuldade em converter todas as apreciações que havia feito do trabalho dos alunos. Na última semana de aulas ainda apliquei uma “ficha de avaliação”, classificando de Insuficiente a Muito bom. As notas vieram validar as apreciações que tinha feito. Este período já não farei teste! Estou mais segura do caminho a fazer e os meus alunos também!

Gisélia Piteira
6. CIÊNCIAS NA NOSSA SERRA - Aulas no Parque Ambiental do Alambre
 

 
Ao longo destes três anos de parceria com a ACM | YMCA Camp Alambre, têm sido desenvolvidas atividades experimentais dirigidas aos alunos do 3ºano e do 8ºano. No presente ano letivo, foram já abrangidos os alunos do 5ºano de escolaridade. A contextualização das aprendizagens no parque Alambre, em plena Serra da Arrábida, num trabalho conjunto entre docentes do agrupamento e os técnicos do Parque Ambiental, com formação científica especializada, tem possibilitado aos alunos aprender a partir das experiências realizadas numa relação direta com o ambiente, indispensável ao desenvolvimento de uma consciência ecológica.

Em fevereiro, os alunos do 5º e 8º anos de escolaridade realizaram uma aula, no Parque Ambiental do Alambre, que tinha como objetivo reconhecer a influência dos fatores abióticos: água, luz e temperatura no comportamento das minhocas. Munidos dos protocolos experimentais, os alunos observaram e registaram os resultados obtidos, tendo posteriormente, entregue o relatório da atividade para avaliação.
 
7. QUESTIONÁRIOS AOS ALUNOS SOBRE OS "Dias do 5@bER" Sem Fronteiras".


Observa-se um claro predomínio das opiniões favoráveis às atividades interdisciplinares e ao trabalho colaborativo. No entanto, merecem reflexão as questões relacionadas com a organização e o desenvolvimento da autonomia dos nossos alunos.
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